Monday, June 4, 2012

Dicas sobre o ensino de crianças autistas

  • Determine qual estilo de aprendizagem melhor se adapta à criança autista, e enfatize esse método de aprendizagem e comunicação. Tomando o exemplo da criança que está ignorando a palestra, se ela for um aluno visual, você pode mostrar-lhe a cadeira, ou a imagem de uma cadeira, para ajudá-lo a compreender que é hora de se sentar. Se ele for um aluno sinestésico, você pode sentá-lo na cadeira com uma leve pressão sobre seus ombros.
  • É comum que uma criança autista seja incapaz de processar múltiplas entradas sensoriais ao mesmo tempo. Por exemplo, pode ser impossível para ela processar tanto a visual quanto a auditiva simultaneamente. Neste caso, separe o ensino em “canais” e focalize apenas um sentido de cada vez.
  • Se a criança tem sensibilidade visual, as luzes fluorescentes ou CRT do computador podem parecer similares a cintilação de luzes estroboscópicas. Use iluminação incandescente, ou natural a partir de uma janela, e laptops ou computador de tela plana.
  • Se a criança tem sensibilidade auditiva, uma campainha escolar, o sistema de som, ou mesmo a voz do professor poderão parecer uma buzina. Abaixar a campainha ou o sistema de som, deixando-os ainda audíveis, pode ajudar o aluno a permanecer focado. O professor poderá ter de falar mais baixo, especialmente ao abordar diretamente o aluno. Pode ser possível dessensibilizar o aluno a um ruído específico, tal como um alarme de incêndio, dando-lhe uma gravação do barulho para que ele possa tocar a sua vontade. É importante que a criança mantenha o controle do ruído quando for tocado, para permitir que a dessensibilização tenha lugar.
  • Autistas frequentemente têm problemas em generalizar, o que pode afetar a maneira de eles aprenderem habilidades. Ao ensinar uma criança a olhar para os dois lados antes de atravessar uma rua, pode ser necessário mostrar isso a ela em vários locais. Senão, ela pode pensar que precisa apenas fazer aquilo naquela área particular.
  • Esta falta de generalização pode estender-se aos objetos também. Por exemplo, Hilde de Clereq, da Bélgica, teve um caso de um menino que usava o banheiro em casa, mas não conseguia usar em outro local. Eventualmente ele percebeu que na casa dele havia um assento preto e o menino não podia conectar o conceito de “toilet” nos lugares que tinham assento branco. Eles conseguiram ensinar-lhe a generalizar, colocando fita adesiva preta sobre o assento da escola, e em seguida, eliminando os pedaços de fita ao longo do tempo. Eventualmente, ele foi capaz de generalizar “toilet” para incluir lugares brancos também.
  • Crianças autistas poderão fixar algo de que gostam, como trens. Incorpore estas memorizações nas suas aulas, acrescentando histórias de comboios, problemas matemáticos envolvendo trens, e assim por diante. Isso dará motivação para aprender.
  • É comum que um autista tenha problemas em conectar dois eventos, mesmo se estão muito próximos entre si. Por exemplo, se for ensinar leitura com cartões flash, use cartões tanto com a palavra escrita, quanto a imagem do objeto do mesmo lado do cartão. Se eles estão em lados diferentes, a criança pode não entender que representam a mesma idéia.

O PAPEL DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE INCLUSÃO

Após diagnóstico da Síndrome é necessário que a família saiba como agir e o seu papel no processo de desenvolvimento da autonomia e cidadania do sujeito autista.
Mas para mudar a atual realidade é necessário o envolvimento direto das famílias e que esse processo de mudança seja iniciado por elas, uma vez que a formação do cidadão começa em casa. É na família que são desenvolvidos valores, hábitos e idéias sobre as coisas e o mundo.
É na família que aprendemos a nos relacionar com os outros. Portanto, a construção dessa sociedade inclusiva começa nas famílias. Os pais e as próprias pessoas com deficiência são seus principais agentes.
A maioria da população não está acostumada a participar ativamente de reuniões, grupos, escolas, associações da comunidade. Isso faz com que as pessoas se isolem e muitos assuntos deixem de ser discutidos.
No caso da chegada da criança com deficiência, a falta de informações da família é ainda maior :
Muitos pais não sabem como agir nem decidir o que é melhor para os filhos, deixando para médicos, professores, terapeutas, entre outros, essa responsabilidade.
Assim numa sociedade inclusiva, a relação dos profissionais com os familiares deve ser de cooperação, juntos na direção do atendimento às necessidades especiais da criança. Os objetivos a serem alcançados e as decisões a serem tomadas devem ser discutidas entre todos os envolvidos. Cabe aos profissionais esclarecer todos os passos dos atendimentos que vão ser realizados e o que vai acontecer. A decisão dos familiares deve estar baseada em informações dadas por esses profissionais. ( PAULA, Ana Rita de ,2007, p.7.).
Uma outra tarefa de grande importância dos pais é a escolha da escola, de como desejam que seus filhos sejam educados, devendo respeitar os valores e as crenças da família.
Para se construir uma sociedade inclusiva é fundamental que as famílias tenham autonomia para cuidar das questões relacionadas às necessidades especiais de seus filhos. Em uma sociedade inclusiva, as famílias devem estar presentes em todos os momentos, participar das decisões, fazer valer os seus direitos e lutar por melhores condições de vida para todos.
(http://www.alegrete.rs.gov.br/smec/publicacoes/aprendendoavivercomadiversidade.html)

A Arte e as Dificuldades de Educar Crianças Autistas


O professor, ou o educador que pretende trabalhar com alunos em condição de inclusão possui agora uma tarefa que lhe surge como um desafio. BAPTISTA e BOSA (2002) chamam o aluno que chega para a inclusão de novo aluno e o que já faz parte da sala de aula de aluno antigo. A complexidade do desafio suscita ao professor uma angústia que se faz ouvir imediatamente por meio de uma queixa tríplice: “Que posso fazer?”, “Que devo fazer?” e “Que posso esperar?” Tem-se a impressão que o professor coloca-se no centro da situação esquecendo-se que deve se preparar muito para esta tarefa que lhe é imposta.
O aluno está em uma situação delicada, pois da rotina em que se encontrava viverá a transição para uma nova situação. Talvez não traga consigo uma queixa manifesta, mas é certo que terá de se adaptar a um novo contexto, com novas pessoas e novas circunstâncias.
É preciso, então, que seja muito bem-acompanhado nessa etapa de transição. O diagnostico transdisciplinar deve levar em conta o aluno em um contexto anterior, onde ele se encontrava antes de chegar à nova sala de aula. A partir disso, o aluno poderá ser ajudado no trabalho de inclusão. Nessa perspectiva, o centro é o aluno e não o professor.
A avaliação consiste de um exame da situação desse novo aluno, de suas peculiaridades, de suas necessidades e diferenças em relação aos alunos antigos. Para que essa avaliação produza, de fato, um conhecimento que auxilie no trabalho com o novo aluno é preciso que ela seja compartilhada com outros profissionais. Daí a importância do professor receber assistência adequada de uma equipe com profissionais de outras áreas que possam permitir uma articulação transdisciplinar. Cabe ao professor a reivindicar essa assistência e as instâncias que planejam a experiência da inclusão, a implementação.
O trabalho de inclusão impõe modificações no panorama institucional da escola e no interior das pessoas que aí trabalham. Assim, o trabalho deve começar com a mobilização de todos os profissionais, desde a direção, serviços de supervisão e coordenação e, também, de profissionais considerados periféricos como médicos, dentistas e psicólogos. Os professores e os funcionários da escola que lidarão com os alunos de inclusão mais diretamente devem participar dessa equipe de trabalho.
É extremamente importante que o professor/educador busque uma melhoria contínua das suas competências profissionais, dos seus conhecimentos científicos, de suas ideias sobre desenvolvimento e educação. Trabalhar os pré-conceitos é fundamental para o sucesso do trabalho que visa melhorar a qualidade de vida dos portadores de necessidades especiais, especificamente dos autistas.
O professor deve ter um papel significativo para a criança, pois assim maiores serão as chances de desenvolver as suas habilidades, uma vez que os alunos passarão a sentir segurança e confiança no professor. O conhecimento amplo e abrangente da síndrome de autismo, das características específicas da criança que educa e de metodologias de ensino atualizadas é extremamente importante para o professor que pretende realizar seu trabalho dignamente junto dessas crianças.
SCHWARTZMAN e ASSUMPÇÃO (1995), destacam que o professor deve oferecer uma previsibilidade de acontecimentos, que permite situar a criança no espaço e no tempo, na qual a organização de todo o contexto se torna uma referência para a sua segurança interna, diminuindo assim os níveis de angústia, ansiedade, frustração e distúrbios de comportamento. O professor também se beneficia dessa rotina à medida que consegue operacionalizar os objetivos do seu plano de ensino de maneira mais dinâmica e organizada. A rotina deve ser compreendida como planejamento e organização, e não uma restrição à criatividade do professor permitindo a ele a possibilidade de maior visualização sobre todo o seu trabalho.

Tuesday, May 15, 2012

Autismo


O que é?

É uma alteração "cerebral" / "comportamental" que afecta a capacidade da pessoa comunicar, de estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao ambiente que a rodeia.

Características comuns do autista:
  • Tem dificuldade em estabelecer contacto com os olhos,
  • Parece surdo, apesar de não o ser,
  • Pode começar a desenvolver a linguagem mas repentinamente ela é completamente interrompida.
  • Age como se não tomasse conhecimento do que acontece com os outros,
  • Por vezes ataca e fere outras pessoas mesmo que não existam motivos para isso,
  • Costuma estar inacessível perante as tentativas de comunicação das outras pessoas,
  • Não explora o ambiente e as novidades e costuma restringir-se e fixar-se em poucas coisas,
  • Apresenta certos gestos repetitivos e imotivados como balançar as mãos ou balançar-se,
  • Cheira, morde ou lambe os brinquedos e ou roupas,
  • Mostra-se insensível aos ferimentos podendo inclusive ferir-se intencionalmente
  • Etc.

Tuesday, May 8, 2012

O que é educação inclusiva?

"A educação inclusiva é um processo em que se amplia a participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular."  (http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_inclusiva)